São Paulo começou o 1º de Maio com as imagens de um prédio em chamas no coração da cidade. O edifício Wilton Paes de Almeida, de 24 andares, no Largo do Paissandu desabou após um incêndio que começou por volta de 1h30 da madrugada desta terça.
Ainda não há confirmação sobre número de mortos, mas uma pessoa está oficialmente desaparecida, um homem que estava sendo socorrido pelos bombeiros quando o prédio ruiu. Segundo declarações dadas à imprensa por um porta-voz do Corpo de Bombeiros de São Paulo, capitão Marcus Palumbo, há mais 34 pessoas desaparecidas - número baseado no cadastro de moradores do prédio feito pela prefeitura.
Por volta de 1h40, o Corpo de Bombeiros começou a divulgar informações no Twitter sobre os primeiros esforços para combater o fogo: "Incêndio em Apartamento, Largo do Paissandu, 100 - República. Em princípio não há vítimas. 20 viaturas no atendimento, 45 homens. Aguardamos mais informações do local".
Pouco depois, ficou claro que o cenário era dramático. Viviam no prédio, em ocupação irregular, cerca de 150 famílias, de acordo com o cadastramento feito pela Prefeitura em março. Como as ocupações de sem-teto têm população flutuante, não se sabe exatamente quantas pessoas estavam no local enquanto as chamas tomavam conta dos apartamentos.
Depois do incêndio, segundo os bombeiros, a contagem de pessoas que saíram do prédio resultou em um número de 118 famílias - ou 317 pessoas. As pessoas que estavam no cadastro e não na contagem após o incêndio, no entanto, não necessariamente estavam na estrutura durante a tragédia.
O edifício construído em 1966 estava abandonado havia 17 anos. No passado, foi sede da Polícia Federal e abrigou uma agência do INSS.