A agência do Banrisul de Amaral Ferrador, no sul do Estado, foi alvo de criminosos que atacaram o banco no começo da tarde desta sexta-feira (13). O assalto envolveu cerca de seis criminosos, que portavam fuzis. De acordo com a Brigada Militar, os bandidos renderam clientes e obrigaram reféns a formarem um cordão humano. Um carro Fit foi incendiado em frente à agência.
Conforme o coronel Douglas Soares, subcomandante da BM, o batalhão da Brigada também foi atacado pelos criminosos. Ninguém ficou ferido na ação.
— Normalmente, nesse tipo de ação, eles fazem com que a guarnição não consiga sair do quartel. Às vezes usam miguelitos (pregos retorcidos), às vezes fogo. Nesse caso, eles efetuaram disparos em direção ao quartel — explica o coronel.
— É quase uma ação de terrorismo. Quem se envolve, eventualmente usa como estratégia a contenção dos órgãos de segurança, para evitar uma reação contra os assaltantes — complementa o oficial.
Segundo informações da prefeitura de Amaral Ferrador, os criminosos fugiram em uma caminhonete Hilux, que foi roubada de um vereador da cidade. Eles levaram dois reféns — um cliente do banco e uma funcionária —, que foram liberados em seguida. Não há informações sobre a quantia roubada do banco.
Segundo informações da Brigada Militar, batalhões de Choque e de Operações Especiais, estão em busca dos criminosos na região. O Batalhão de Aviação também está indo para o local para auxiliar na procura pelo bando.
— Nosso foco agora é fazer o cerco para capturarmos os criminosos — explica o coronel Soares, sem detalhar para qual direção o bando escapou.
Essa não é a primeira vez que a cidade é alvo de ladrões de banco. Em 31 de maio de 2021, criminosos também atacaram o Banrisul de Amaral Ferrador. Esse tipo de ação, na qual pequenas cidades são sitiadas, moradores são feitos reféns e obrigados a formarem cordão humano, é conhecida como novo cangaço.
Segundo indicadores da criminalidade da Secretaria da Segurança Pública (SSP), divulgados nessa quinta-feira, foram 11 ataques a banco de janeiro a abril de 2022 no Estado. No mesmo período do ano anterior, haviam sido 22 casos.
GZH