O Rio Grande do Sul tem 99 cidades em situação de alerta ou de alto risco de transmissão da dengue, chikungunya e zika. O número representa os municípios onde mais de 1% dos imóveis vistoriados por agentes de endemias apresentaram larvas do Aedes Aegypti. No ano passado, mais de 1,3 mil casos dessas três doenças transmitidas pelo mosquito foram confirmados no Estado.
O fato reforça as ações preconizadas pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), especialmente no verão, quando a proliferação do mosquito aumenta em função das altas temperaturas. O principal cuidado deve ser em relação aos locais com água parada, onde o Aedes Aegypti deposita seus ovos.
Entre as 99 cidades, a situação é de maior atenção em dez delas. Nestes locais, o último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa), realizado entre outubro e dezembro de 2019, o Índice de Infestação Predial (IIP) foi superior a 4%. Esses municípios estão situados majoritariamente nas regiões Norte e Missões do Estado. Abaixo, em ordem, a lista das localidades com maiores indicadores:
Posição/cidade/índice:
1 – Bom Progresso/8,2;
2 – Jaboticaba/7,4;
3 – São José das Missões/5,5;
4 – Quinze de Novembro/4,8;
5 – Alecrim/4,7;
6 – Alegria/4,7;
7 – Salto do Jacuí/4,5;
8 – São Leopoldo/4,5;
9 – São Nicolau/4,2;
10 – Tuparendi/4,1;
Ao todo, 358 cidades realizaram o LIRAa no último trimestre. Enquanto 3% e 25% delas apresentaram, respectivamente, índices de alerta e risco, os demais 72% (ou 259 municípios) tiveram a infestação considerada de baixo risco (quando em menos de 1% dos imóveis houve a presença do Aedes Aegypti). Outras 16 cidades classificadas como infestadas (quando houve a identificação de larvas do inseto nos últimos 12 meses) não realizaram o detalhamento da infestação. Somados, são 374 municípios considerados infestados no RS.
Em relação à população, 92% dos gaúchos (ou 10,5 milhões de pessoas) residem nessas 374 cidades onde há presença do mosquito. Os dez municípios com alto risco somam 281 mil habitantes (ou 2,5% da população do RS). A lista segue com outras 2,4 milhões de pessoas que vivem nas 89 cidades com situação de alerta, representando 22% dos gaúchos. Por sua vez, 49% (5,5 milhões) da população mora em cidades de risco considerado baixo e 7% (803 mil) em cidades não infestadas.
SECOM-RS